quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Da dor no peito

No dia da demissão fui num médico (por acaso médico do trabalho, por acaso o médico que fez o exame admissional do meu namorado). Segundo ele, a dor no peito não passou de angústia.
Falamos sobre liderança, pessoas corruptas, Ku Klux Kan (sic), Bolsa Familia, Bolsa Escola, médicos, relaxante muscular pra angústica, faquirs, tortura, somatização,
força do pensamento, pintores de parede, chefes e muitos outros assuntos. Fiquei de voltar na semana seguinte, pra conversamos mais. Conversar em termos, pois não passou de um monólogo.
Foi tão surreal que não acredito até agora.

Quem quiser eu dou o endereço, atende vários convênios.


Do assalto e do preconceito

Acho que o "assalto" só aconteceu por causa do carro do meu namorado, que é gualzinho o meu, só muda a cor. Mais fácil que eu pra assaltar, não tem. O manobrista do prédio onde trabalhava me dava bronca porque eu andava com o notebook no banco de trás do carro, e não no porta-malas. Nunca tentaram nada no meu carro imundo.
Agora com o carro versão branca é diferente. Numa vez que peguei pra levar no mecânico, esperando o semáforo abrir, um vendedor de loja de carro da Clélia veio me perguntar se eu não queria trocar de carro.
Jogou o chaveco mais furado, e olha que de chaveco de vendedor de carro eu tenho um certo conhecimento.
Falei que o carro não era meu, que estava indo devolver. Ele quis saber qual era o meu, deixou nome e horário que ficava na loja.
Passei diversas vezes depois com meu carro por lá, ninguém nem olha na minha cara.
Vai entender.